sexta-feira, 26 de junho de 2015

Li "A chave de casa"

Tenho uma lista com títulos de livros que quero muito ler esse ano. Alguns já consegui, outros ainda não mas continuam na lista.

E na lista estava o livro "A chave da casa". E na biblioteca tinha o livro disponível. E eu peguei emprestado. E li. E gostei. E chorei.

Foi uma leitura de supetão. Li em três dias. Me perdi, voltei umas páginas. Me achei. Forte. Triste. Instigante. Gostoso.

A resenha diz o seguinte: "Neta de judeus da Turquia e filha de comunistas do Brasil, a narradora recebe do avô a chave que abriria a porta da casa de Esmirna, para onde os avós fugiram durante a Inquisição (tal como os pais fugiram para Lisboa, anos mais tarde e por motivos diferentes).

É uma história com outras histórias no meio, meio intercalado; precisa prestar muita atenção para não se perder. É libertador em determinado momento e gostoso ver a personagem principal resgatando sonhos e lembranças.

Não achei que iria escrever sobre esse livro. Mexeu muito comigo. Mas respirei fundo e aqui estou comentando sobre ele. 

Li esse livro em fevereiro e estou tentando cumprir meu desafio (pessoal) literário de ler no mínimo doze livros de autores brasileiros em 2015. Espero conseguir.

Livro: "A chave de casa"
Autora: Tatiana Salem Levy
Editora: Record
Mais informações aqui.




terça-feira, 23 de junho de 2015

Livros entre amigos.

Era o primeiro ano dele na escola além de tudo ser novo ele achava tudo um pouco fácil.

A mãe dizia que era porque era novidade, para ter mais paciência que logo a coisa deslanchava.

Um dia a lição de casa chegou pronta e a mãe perguntou o que aconteceu:

- Acabei a lição da sala e fiz a lição de casa, não tinha nada para fazer.

A mãe correu e deu uma ideia "leve aquele caderno que temos aqui ainda tem umas folhas e você pode desenhar, escrever ou fazer o que quiser quando acabar a atividade antes dos amigos".

Ele gostou da ideia. A mãe -que não era nada boba- a noite quando foi arrumar a mochila para o dia seguinte colocou uns gibis lá,assim ele teria mais opção do que fazer.

E o que aconteceu? Alguns dias depois ele chegou em casa com um livro emprestado do Davi e foi escolher um para emprestar para o Davi. Depois disso vieram outros livros, outros empréstimos além dos livros, revistas, gibis, mais crianças entraram na roda e algo que poderia ter sido promovido pela escola aconteceu entre amigos.

Uma deliciosa roda de leitura sem a intervenção dos adultos. Crianças trocando e emprestando livros e materiais impressos de interesse deles.

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Essa história é real e aconteceu na sala do meu filho no ano passado (2014) quando ele começou no 1o. ano do Ensino Fundamental. Continua até hoje. Eles trocam livros, se divertem, aprendem e tem momentos felizes.

Alguns pais vieram me pedir dicas de livros para a faixa etária deles e os comentários sobre essas trocas são muito positivos.

Participo com alegria, empolgação e muito amor. Só não entendo porque a escola não promove esse tipo de atividade para todos. É preciso flexibilidade no currículo escolar para ter espaço e alimentar os interesses dos alunos senão a educação formal fica tão sem sentido.

E o que eu sempre digo para os pais: incentivem seus livros, leitura nunca é demais.

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Quero muito voltar a trabalhar e possibilitar esses momentos para mais crianças. Quero mesmo.


Amo esses momentos
Amo vê-lo agarrado a um livro
Amo, amo e amo mais que chocolate.

sábado, 20 de junho de 2015

Meu dia em duas imagens.


Curitiba da minha janela as 6h quando começa meu dia.


Curitiba da minha janela as 18h quando tudo começa a se acalmar por aqui.

Muita coisa acontece entre essas duas fotos mas as 18h começamos a rotina da noite: banho, janta, escovar os dentes, ler/ouvir histórias, oração e dormir. Algumas vezes eu durmo junto e não consigo levantar para continuar meu dia mas no geral eu levanto as 20h30/ 21h e vou até as 23h30.

A beleza do céu me encanta, no início ou no fim do dia e tentamos contemplá-lo sempre que possível.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

E o Brasil, como vai?

E o Brasil, como vai? 

Essa é a pergunta que eu mais escuto dos amigos que estão longe. Muitos dizem que só ouvem/leem notícias ruins. "As coisas que chegam por aqui não são nada boas".

Imagino que não sejam mesmo mas tem coisas boas acontecendo sim; o que eu acho que mais pesa nessa "decisão" de o que e como transmitir o assunto é a nossa visão.

E eu tenho a sensação que nós brasileiros - me incluindo aí também - sofremos da síndrome de "vira-lata":

*nos sentimos os piores do mundo: o que não é verdade, tem lugar muito pior do que o Brasil;
* todo e qualquer lugar, principalmente se for nos Estados Unidos ou na Europa, tudo é melhor do que no Brasil:
* aqui só acontece desgraça como em nenhum lugar do mundo acontece: nosso lado dramático é super valorizado (contém ironia);
* nada funciona, não fazemos nada de bom, não produzimos nada... só falta dizerem "somos a escória do mundo";
* tudo isso porque somos de um país de terceiro mundo: como se só nós fossemos do terceiro mundo.

Entre tantas outras coisas. 

O que mais me deixa triste é perceber que tem muita gente que "parece" que torce para nada no Brasil dá certo e consequentemente não consegue enxergar e muito menos valorizar o que o Brasil tem de bom.

Problemas tem? Muitos. Como em todo lugar do mundo.

Já disse uma vez e repito: não existe lugar perfeito, como não existe pessoas perfeitas.

Tudo depende de como enxergamos a porra do copo meio cheio ou meio vazio.

Podemos nos cegar piamente e achar tudo lindo maravilhoso ou nos cegar piamente também e achar tudo ruim horroroso ou ainda tentar ver o que tem de bom sem negar o que não funciona tão bem.

É uma questão de escolha e de querer viver bem com o que tem de bom ou viver amargurado reclamando e jogando a culpa no que não funciona.

Dois "causos" curtos:

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Existe um SUS que funciona (publiquei isso no facebook por isso trago para cá)
Levamos o Nicolas em uma consulta com o dentista no Posto de Saúde e o atendimento foi exatamente igual ao atendimento de um consultório particular: uma dentista e uma assistente, tudo descartável, limpo e organizado.
Fomos no posto porque queríamos saber como é o serviço, porque não estou trabalhando e já tínhamos ouvido falar bem dos atendimentos dentário.
O que achávamos que era uma cárie não é então ele está com sete (7) anos e meio e nenhuma cárie ainda (obrigada alimentação saudável, obrigada pais chatos, obrigada organismo dele que colaborou); elas fizeram uma limpeza e a aplicação de flúor.
Antes de sairmos por ai só reclamando que nada é bom no Brasil, nada presta, tudo é ruim; vamos viver e tentar ser mais positivos, por favor.
(Eu já tinha ido ao posto antes tentar pedir um remédio de uso contínuo que ele toma para um problema no estômago e não consegui. A pediatra disse também que ele precisava passar com um pneumo só que vaga para consulta - como o caso não é urgente - só daqui 3 anos. Na hora fiquei triste mas lembrei que quando o Nicolas era pequeno demorou 2 anos para conseguirmos uma vaga com um dermatologista lá em Londres: onde muita gente acha que é o lugar perfeito. Desculpa galera mas não existe lugares perfeitos assim como não existe pessoas perfeitas. Tudo e todos tem seu lado bom e seu lado não tão bom).

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Existem escolas públicas de qualidade onde a comunidade escolar participa, cobra e colabora. Mas isso fica para outro dia.

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Se tiver um tempinho ainda leia esse post de um jovem inglês que em seis meses vivendo no Brasil percebeu o que muito brasileiro não percebe ou não quer ver durante uma vida inteira.


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