domingo, 27 de dezembro de 2015

Feliz Natal!

Feliz Natal!
 
Esse vídeo da Fafá está lindo! Adorei.
{Nem sou a pessoa mais fã de vídeos ainda prefiro post mas depois que eu assisti este, decidi que veríamos ele no café da manhã do dia de Natal e foi o que fizemos: tomamos café com a Fafá e a história do nascimento de Jesus.}
 
 
 

 

sábado, 19 de dezembro de 2015

Novembro, cadê você?

Novembro passou e junto parece que passou um caminhão na minha vida. No bom sentido, se isso é possível.
 
O caminhão chegou, estacionou e trouxe novos desafios:
 
* eu que trabalhava só algumas horas de manhã passei a ficar na escola a tarde também, o que implicou em uma reorganização aqui em casa, voltei a levar marmita (e comer na rua algumas vezes, beber menos água por tabela) e o Ni foi para a escola a tarde pois não temos com quem contar. Ele adora mas é cansativo.
 
* eu que sempre estive e vivi na educação infantil/ primeiro ano no máximo, encarei um 2o.ano e olha... que desafio, não sei se é lá que eu quero estar. Gosto da parte lúdica da educação, gosto de fazer roda no chão, de dar e receber beijos e abraços, gosto da inocência e sinceridade das crianças menores.
 
Aprendi um montão, curte o contato e o carinho das crianças maiores, fiquei muito feliz em ver meu filho "se virando" em situações novas.
 
Junto com tudo isso acontece uma grande exposição na escola conhecida como "Escola por Dentro" que é como uma feira de ciências/ feira de conhecimentos. Foi lindo, emocionante e que exigiu bastante de todos.
  
Com essa correria toda eu sofri menos com o dia 21 de novembro, dia que meu pai faleceu há cinco anos. Ás vezes acho que algumas coisas acontecem propositalmente com um objetivo bem específico. Funcionou, deu certo e aqui estou inteira e feliz ou pelo menos sofrendo menos porque lembrar que meu pai não está mais entre nós, especialmente nessa época do ano, é sofrido demais.
 
Por conta dessa correria não entrei mais no facebook e percebi que isso me fez um bem danado apesar de sentir falta dos amigos que tenho por lá e que não passam por aqui. Kátia, Dani, Taís, Nalivia, Vânia e tantas outras pessoas que eu gosto tanto, me desculpem a ausência.
 
Que venham as festas, mais alegria, o descanso e um pouquinho mais de paz. Só quero aproveitar  tudo isso e continuar bem, não somente eu mas meu filho, marido, a família, os amigos e quem ainda me lê por aqui.
 

terça-feira, 27 de outubro de 2015

O que dizer?

Domingo fez um dia "típico" londrino em Curitiba. Estava frio, nublado e com garoa. Um dia cinza. 

Domingo dia 25.10.2015 eu completei 38 anos e foi mais um dia como todos os outros 364 dias do ano; além de estar cinza e frio para me fazer matar a saudade da minha cidade do coração - Londres.

O dia foi tranquilo, ficamos somente eu e o Ni em casa porque o Paulo começou a trabalhar meio dia e só parou as onze da noite, quase não ficamos juntos e ai no meio da tarde eu recebi mensagens das minhas primas desejando feliz aniversário e de bônus uma foto que me fez sorrir.

Um dia eu já fui uma criança bonita e sorridente.




 
E hoje o que diria para essa garotinha (talvez com uns cinco ou seis anos, não mais do que isso) sobre a vida, sobre o futuro?
Confesso que não sei bem. 
Talvez eu diria que esse sorriso ela deve levar para a vida inteira mesmo nas situações mais difíceis.
Talvez eu diria que ela não precisa ter (tanto) medo porque coisas boas acontecem na vida.
Talvez eu diria para ela lembrar que ela é linda mesmo quando ela se acha horrível por ser magrela, usar óculos, usar aparelho, não ter roupas descoladas e ainda ser um pouco tímida.
Talvez eu diria muitas vezes que relaxar faz bem, que nem tudo precisa ser certinho o tempo todo e rir de vez em quando é bom.
Que ser honesto e sincero -principalmente com ela mesma- é a melhor receita para não se trair.
Que a morte não é o fim do mundo, nem precisa ter medo dela, todos nós passaremos por isso.
Reforçaria o que ela ouviu a infância inteira: respeite os mais velho, faça o seu melhor e faça o que for correto mesmo que todos te digam que é errado.
Diria para acreditar mais nela, que ela é capaz e que confiar é difícil mas é possível.

Dor de amor não mata mas doí.

Comer manga e tomar leite não mata.

Brincar de ficar vesgo não te deixará vesgo para sempre mas pode ser que doa um pouco os olhos. 

Amizade é um troço complicado demais para tentar entender então viva enquanto durar.
Leia, leia muito e de tudo.
Não deixe de dançar jamais até porque isso foi algo que ela sempre gostou.
Se ame e não espere que ninguém te ame para você acreditar que é amada.

************
Com cinco ou seis anos eu -nem em sonhos- imaginei que minha vida estaria como está agora. Aquela garotinha da foto nunca fez muitos planos para o futuro, dar conta do presente já era algo pesado e gostoso demais ao mesmo tempo. 
Hoje meu objetivo é quebrar várias "crenças" que me fizeram acreditar como certas e que não me acrescentam em nada. 
Continuo acreditando no amor mesmo e apesar de todas as feridas que ele já me causou um dia.
Agora uma coisa que eu aprendi nesses anos é que nada é perfeito nessa vida e que é melhor você criar capivara/unicórnio/ galinha/gato do que expectativas. Qualquer coisa te fará sofrer menos do que expectativas.

Se vou viver mais 38 anos para lembrar o que eu penso hoje, eu não sei, porém quero viver o tempo que for da melhor maneira feliz, sem tanta complicação e com coisas boas ao meu redor. Que venha mais um ano pela frente com muito amor, trabalho, momentos gostosos e aumentando a cada dia minha poupança de boas recordações.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Que semana!

Essa semana só teve três dias letivos e estou mais cansada do se tivesse sete dias seguidos.

Muitas coisas aconteceram, muitas coisas estão acontecendo e acho que, emocionalmente, acabei acumulando mais do que deveria.

Tudo começou em agosto quando o Nicolas participou da 2a. etapa da Jornada de Matemática representando a turma dele.

Emoção a flor da pele. Para ajudar eu tive treinamento na escola a manhã inteira e participei só de corpo presente apesar de que foi super legal mas eu não consegui deixar de pensar no Nicolas. 

Ai veio setembro e dia 26 ele participou de um festival de natação. Na semana antes do dia do festival fez muito calor, vamos para a escola andando e foi sofrido, para ajudar ele treinou três dias seguidos e confesso que eu não aguentava mais o ir e vir. 

O que ele mais queria era chegar em primeiro lugar, só falava nisso e chegou. Foi o primeiro na bateria (piscina) que ele nadou. Após alguns minutos saiu o resultado e eu não acreditava no que estava vendo: ele ficou em primeiro entre os 26 meninos que nadaram na categoria masculino 6-7 anos. Ele estava muito concentrado na hora do competição, se preparou e fez o melhor que pode.

Essa vitória fez um bem danado para a autoestima dele. Se quiser ver como foi, se prepare para ouvir minha voz terrível, eu estava muito nervosa (não sei porque).



Depois de setembro vem outubro e ai chegou o grande dia dele, aniversário do Nicolas. Na escola do Ni tem uma comemoração coletiva por semestre; todos os aniversariantes do semestre levam algo (que é solicitado pela agenda) e comemoram juntos. Ele queria levar algo para dividir com os amigos então expliquei novamente como funcionava e ele perguntou se eu não poderia escrever para a escola perguntando se ele poderia levar algo para dividir com todos: alguma fruta (especialmente  uva que ele ama) ou uma bolachinha ou talvez um docinho mas que na verdade ele queria era levar um bolo ou brigadeiros.

Escrevi o bilhete e a diretora nos autorizou a levar um brigadeiro para cada criança. A alegria e euforia dele era contagiante. Fiz brigadeiros para ele levar e ele enrolou todos. Fiz mais brigadeiros para comermos em casa junto com um bolo de limão que ele pediu. Ajeitamos tudo e ele teve um dia ótimo.

Teve dia dos professores também e preparamos uma lembrancinhas para as professoras e recebemos vários bilhetes carinhosos de agradecimentos.

Fomos em médico, dentistas, ortodontistas, fizemos radiografias, as aulas de natação continuam, a correria também. 

Tenho lido menos do que gostaria. Assim como escrever para o blog deixou, um pouco, de ser prioridade mas sinto muita falta.

Hoje é sexta, fez calor, tá abafado e mesmo assim estou feliz.

Sinto falta de conseguir encontrar pessoas queridas, ter encontros de adultos mas isso se ajeita também e espero que em breve.

Esqueci: em setembro completamos dois anos em Curitiba. Sinto muita saudade de Londres e sinto também que meu coração está mais calmo por aqui agora especialmente por ver meu filho bem, feliz e crescendo (muito e) rapidamente. 

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O filme

Essa pergunta rondou minha cabeça por semanas, meses, anos.

"Que horas ela volta?"

Todo dia era igual e ela não voltava.
Esperava na porta da escola e ela não voltava.
A esperava foi dando lugar para o vazio e o vazio para o nada.
Esse foi o sentimento que ela conseguiu gerar dentro de mim: nada.
Nem ela aparecendo na sexta e desaparecendo no domingo mudava algo, 
não não mudava.
Nada vezes nada é nada.

É duro, é dolorido mas a gente se acostuma.

O sonho da casa própria falou mais alto,
a prioridade em terminar a faculdade falou mais alto.
tudo falou mais alto até mesmo quando o segundo filho (por acidente, de novo) surgiu, a prioridade era outra não dava para abrir mão de tudo para cuidar dos filhos.

Abrir mão de tudo é pedir demais.

******************

O filme do ano para mim até agora é "Que horas ela volta?".
Fui assistir sozinha e chorei, chorei muito, me identifiquei com várias partes e quando a Val toma a decisão final antes do desfecho do filme, lavei minha alma e chorei mais ainda.

Não vou contar muito mas para mim foi impactante, rolou uma identificação e só chorei mais do que o normal porque estava de TPM. Fico sensível e choro por tudo.

É um super filme (para mim) e mostra um recorte da nossa sociedade. As consequências dessa triste realidade já estamos colhendo: mães/ pais abandonando seus filhos, pessoas materialistas, cada vez mais jovens se drogando entre outras coisas. Mas ninguém quer ver, ninguém quer mudar, ninguém quer se responsabilizar.

Se puder assistir um único filme esse semestre, vá assistir "Que horas ela volta?" a atuação da Regina Casé tá demais. Lembro dessa mesma sensação quando assisti "Central do Brasil" com a Fernanda Montenegro.



sábado, 12 de setembro de 2015

Sobre o tempo e sobre sentimentos.

Ontem fez dois anos que voltamos de Londres.
Dois anos que deixei um pedacinho do meu coração naquele lugar lindo, maravilhoso e que me permitiu viver tantas alegrias mesmo com todas as dificuldades (que não foram poucas).

E ai eu *tontona* fiz uma postagem no facebook relembrando isso e dizendo que a "saudade não diminui só aumenta". Prá que? Me diz, prá que eu fui fazer isso?

Um pequeno parenteses aqui: cada vez mais tenho vontade de sair do facebook, cada vez entro menos e me envolvo menos em conversas, discussões e tals. Só não saio de vez porque adoro manter contato com os amigos, especialmente os que estão longe.

Fecha parenteses.

Recebi comentários agressivos "volta, tá fazendo o que aqui", "lá é muito melhor, te avisei"; mensagens dizendo para eu parar de publicar isso, que tenho que olhar para frente e não viver no passado e mais um monte de coisa.

Voltei no que eu escrevi, li, reli e não vi nada demais. Ai caiu minha ficha. Falei dos meus sentimentos verdadeiros não reproduzi a cena do comercial da margarida, da família feliz, de tudo perfeito.

Ai me dei conta que, talvez, para estar no facebook você precisa entender que lá é só imagem de "comercial da margarida" ou imagens lindas de gatinhos/ cachorrinhos/ passarinhos ou sei lá o que mais fofinho. Ou postagens sobre política, metendo o pau no governo claro, senão você vai ser chamado de "tonto, burro, idiota". Quem tenta escrever algo diferente ou mais sério é automaticamente crucificado, chamado de "ecochato, xiita, radical" e por ai vai.

Lembrei também que setembro é o mês de prevenção ao suicídio, que tem aumentando a cada ano.

O que uma coisa tem a ver com a outra?

Parece que há uma censura em falar sobre nossos sentimentos. Não pode ficar triste, não pode ficar ansioso, nervoso ou com medo. FELIZ, FELIZ, FELIZ e FELIZ sempre.

Tudo isso é muito chato e ai vamos mascarando nossos sentimentos, vamos empurrando com a barriga até a hora que não dá mais, a água transborda do copo com um simples pingo e todo mundo diz o que? Nossa ninguém percebeu nada.

É ninguém quer perceber nada, ninguém quer se responsabilizar por nada, ninguém quer ouvir, acolher, estar junto. 

Eu tenho saudade de Londres sim, tenho saudade de tudo que vivi assim como tenho saudade do meu pai, todo dia tenho saudade do meu pai, da minha avó, do meu irmão, da escola que trabalhei por anos em São Caetano, dos amigos da faculdade, do ginásio. Tenho saudade e não vejo problema nenhum nisso.

Enquanto continuarmos vivendo com essa máscara querendo mostrar ao mundo que somos "perfeitos" nada fará sentido para mim, desculpa mundo, não sou obrigada.

E isso tem tido consequências seríssimas pois criamos expectativas, inclusive com as crianças, e não respeitamos nem os sentimentos delas e aí da-lhe remédio para devolver o animo, a alegria porque não pode "estar/ ficar" triste. Mas isso é assunto para outro dia.

Ontem foi um soco no estomago mesmo pois com tantas coisas boas acontecendo por aqui (Nicolas em seis meses teve só duas crises de asma e saiu das crises sem irmos ao hospital, a natação está ajudando muito, o Paulo está trabalhando desde março, eu comecei a trabalhar faz um mês e meio, etc, etc, etc) continuarei com saudades; as pessoas querendo ou não.

**********
Lembrei do filme Divertidamente, se alguém ainda não assistiu, por favor, assista é bem legal; fala exatamente sobre isso a importância dos sentimentos, todos eles e não somente a alegria.

E a vida segue.

(Foto de dois anos atrás no aeroporto de Londres um pouco antes de embarcarmos.)

domingo, 6 de setembro de 2015

Infância no varal coletivo

(Uma das minhas poucas fotos de pequena, acho que só tenho três fotos, e essa está bem judiada. Registro do meu aniversário de um ou dois anos, eu no colo do meu pai meio assustada, loirinha e de cabelos cacheados. Registro de uma época que festa de aniversário era algo mais simples e que o importante era estar junto.)

Quase não tenho fotos da minha infância, infelizmente, pois adoraria ter "recortes" das minha vivências.

Tenho lembranças boas do  fim da minha infância lá pelos meus seis anos as coisas começam a ficar mais claras para mim.

Lembro com alegria a emoção que era brincar na rua sem ter hora para acabar, sem ter adulto para ficar conosco e muito menos regras para seguir.

Lembro das brincadeiras simples e divertidas: casinha, escolinha, esconde-esconde, pega-pega, taco (nossa como eu corria bem brincando de taco, como eu adorava ir atrás da bolinha na rua de baixo, que era ladeira abaixo mesmo)... lembro do tanto que a gente conversava e ria, meninas e meninos todos juntos. Ah e tinha os maiores, os grandes que sempre ajudavam os menores. Em geral eles eram os irmãos ou primos dos menores.

Outro dia teve uma manhã de formação na escola que estou trabalhando (uhu estou trabalhando, contei isso lá no meu instagram e esse é um dos motivos do meu sumiço, bom motivo vai!!!) e a formação era exatamente sobre o brincar, sobre nossas memórias da infância e eu me segurei muito para não chorar. 

Na conversa sobre o brincar percebemos que as crianças não vivem mais o que nós vivemos e como elas vivem? Quais memórias da infância elas irão levar? E qual o papel da escola nisso tudo?  

Hoje a escola assume mais esse papel: propor o brincar livre e para isso é preciso que os adultos estejam disponíveis, se envolvam na brincadeira e não cedam a tentação de, sem querer, direcionar tudo para o escrever e ler. 

Após essa formação por coincidência vi no blog da Ana Paula que teria uma "Blogagem Coletiva" sobre infância e aqui estou tentando registrar um pouco da minha.

Com a formação da escola pensei demais na infância do meu filho, dos limites, do viver em um apartamento pequeno, do tempo na tv, na falta de amigos, no nosso papel como pais e de repente vi um vídeo que me deixou triste. Eita confusão de sentimentos.

Que nosso infância e de nossas crianças sejam saudáveis e felizes, com muita diversão e alegria pois é isso que eu lembro da minha e é isso que eu quero para meu filho.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

A saudade.

As vezes ela aperta bem forte no peito que chega a doer.
Tem dias que ela nem aparece.
Em outros choro sem parar, um choro sentido mas sem motivo, só choro.
Se fechar os olhos por alguns segundos posso ver e sentir tudo ao me redor. 
Que vontade louca de voltar no tempo, ter minha vida de volta.
Por outro lado estou mais calma aqui, é aqui que estou agora e tenho que estar então o coração se acalma.
As coisas estão se ajeitando e a vida a de se encarregar de manter essa paz sem a dor da saudade. 
Vai demorar?  Vai mas eu sou aguentar.








Aos poucos quero voltar a blogar.

domingo, 12 de julho de 2015

Férias

Todo ano era igual e quando chegava julho já sabíamos para onde iríamos.

Lembro das férias de julho ser o mês inteiro. Minha avó já tinha tudo esquematizado com meu avô e lá íamos nós pegar a estrada. Não tinha muita novidade: a princípio eramos três no banco de trás depois viramos quatro; felizes íamos sem se preocupar muito com cinto de segurança ou limites de velocidade.

Saíamos sempre cedinho, sempre estava frio e vestíamos várias blusas. Na maioria das vezes eu dormia (como sempre acontecia quando eu entrava em um carro) e só acordava quando meu vô parava no meio do caminho, em algum posto, para ir ao banheiro. Minha vó aproveitava e nos levava também. Em seguida já era a hora de comer algo - estando ou não com fome- e era sempre a mesma coisa: pão com manteiga, que ela preparava no dia anterior e a garrafa térmica com café com leite, essa preparada pela manhã antes de sairmos. A garrafa térmica era muito boa pois mantinha a bebida ainda quente mesmo depois de três horas de viagem.

Após essa parada ainda tinha muito chão pela frente e em geral chegávamos no sítio quase na hora do almoço. Lá, como era perto do Rio de Janeiro, era quente. Não existia inverno como em São Paulo e por isso era tão gostoso passar as férias de julho naquele lugar. Diferente de janeiro que era um calor infernal.

Brincar sem hora para parar, comer fruta do pé, brincar com as galinhas (que eu nunca gostei e me pelo de medo até hoje) ou com os porcos, comer cana e ajudar meu vô espremer para tomar na hora, fresquinha era tão gostoso. 

Essas são as poucas recordações que tenho das minhas férias escolares. 

Parece que agora tudo mudou:
* menos tempo de férias (escolas municipais de Curitiba só tem duas semanas de férias);
* não temos família perto;
* não temos para onde ir;
* financeiramente é quase impossível ir passear para qualquer lugar :( ;
* não temos carro (não que isso seja um problema);
* o clima já não é mais o mesmo, nem sei se tem algum lugar para escapar do frio da cidade;
* entre tantas outras coisas...

Essa será a segunda semana de férias do Nicolas e parece que passou voando. Não fomos para nenhum lugar mais longe por todos os motivos acima mas aproveitamos para passear pela cidade, encontrar amigos e ficar sem fazer nada. Leia: brincando muito, vendo tv e sem pressa nenhuma.

Tem chovido muito e fez bastante frio alguns dias.  Não tenho medo de sair com o clima assim mas confesso que aqui desanima mais do que em Londres. Não sei porque.

O que tem sido muito legal é ouvir a noite do meu pequeno: "mãe dá tempo de ler né?" Sim filho, claro que dá, sempre vai dar. E lá vamos nós para a cama cada um com seu livro aproveitar mais um dia de frio e de férias.

***
Sempre que posso conto para o Nicolas algumas coisas da minha história, da minha infância e do que já vivi. As vezes ele ouve atento outras parece que nem ouviu mas ouviu porque depois em outros momentos comenta sobre. Engraçado ver essas situações como se eu fosse uma pessoa bem vivida; o que eu não sou. Estou apenas tentando aumentar nossa  poupança de boa memórias.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Bosque Alemão - Curitiba

O sábado começou frio a previsão do tempo acertou e os 10oC lá fora não animava nada a sair. Mas como não temos medo de frio - tudo bem não gosto de sair com chuva mas se preciso for, eu saio - acordamos e depois de tomar café decidimos que iriamos sair e aproveitar o dia frio com sol. Enquanto um preparava os sanduíches o outro arruma a mochila. Nos trocamos e rua.

Que dia lindo e outonal. Pegamos um ônibus e em menos de meia hora estávamos lá do outro lado da cidade em um lindo e agradável lugar: o Bosque do Alemão.



O Bosque em si não é muito grande. Tem um café, essa construção que parece uma antiga igreja, uma área verde muito gostosa - é um pedaço da mata nativa dentro da cidade - , um lago, a "casa da bruxa", a trilha com a história do João e Maria e o portal.

Adoramos e vamos voltar mais vezes com certeza. 




Lá de cima dá para ter uma super visão da cidade. 

E a visão conforme você vai descendo as escadas é encantador. Para subir cansa mas subimos. 


 Detalhes na trilha da história do João e Maria. Fomos parando e lendo cada uma das placas.
 Essa construção a esquerda é uma biblioteca e também a casa da bruxa onde acontece contações de histórias nos finais de semana.

O lago com as vitórias-régias. Tão lindo.

 E o portal tão famoso. O azul do céu combinou muito.

Fizemos esse passeio em maio e o bosque estava bem tranquilo. 

Se quiser me acompanhe no Instagram lá postei outras fotos desse dia.

Curitiba e seus encantos que eu ainda me encanto muito. Pode continuar Curitiba que está bom demais.

sábado, 4 de julho de 2015

Fim do semestre.

Faz alguns dias que estou sentindo um aperto no peito, uma agonia sem fim. A vontade de chorar que não salta aos olhos mas também não passa.

Isso tudo tem a ver com o meio do ano, um ano que parece que não caminhou, apesar de ter sido bom para nossa família mesmo sem eu ter conseguido voltar a trabalhar.

Marido trabalhando seis dias da semana mas feliz, está em um lugar que tratam ele bem, é valorizado e estimulado. Tem um grupo de colegas animado e que está sempre convidando-o para fazer algo.

Durante esse primeiro semestre o pequeno ficou super bem na escola, conquistou algumas coisas, fortaleceu amizades e segue caminhando sem grandes dores. Bem diferente do que foi o primeiro semestre do ano passado.

O que eu sinto é que estou sendo uma mãe que não gostaria de ser. Chata, exigente, que pega no pé, que perdeu um pouco o encanto de brincar e fazer bobeiras. 

Muitas vezes me sinto perdida, sem saber o que fazer ou até mesmo o que falar. Meu filho cresceu e ai me vi diante da minha infância aquela infância sem referência, sem acolhimento, sem cem sem.

Fui criada pela minha avó que como é uma ótima mãe se propôs a cuidar da primeira neta para a filha trabalhar. Ok até ai tudo bem. Veio a segunda neta (no caso eu) e ela -ótima mãe que sempre foi- ofereceu-se para cuidar de mim para a minha mãe trabalhar e terminar de estudar e assim foi. Depois veio mais uma prima e meu irmão. Minha avó cuidou dos quatro netos como pode, como deu.

Hoje eu vejo que ela "cuidou" mas não "cuidou". Fez o básico do básico e sobrevivemos.

E é exatamente isso que eu não quero: que meu filho sobreviva. 

Pra mim fica claro que essa é a maior diferença entre as pessoas da minha idade ou idade próxima: temos consciência que só sobreviver não é o suficiente, temos capacidade e disposição para buscarmos informações e fazermos diferente.

Exemplos simples:
- comecei a trabalhar aos doze anos e ainda usava colher para comer porque na minha casa era a coisa mais normal do mundo; inclusive minha avó comia de colher.

- meu filho aprendeu a comer usando garfo e faca aos quatro anos na escola (tudo bem que foi na escola em Londres).

- fui a primeira vez ao dentista com sete anos e tinha muitas cáries por pura falta de cuidado (crianças de sete anos não podem ser responsabilizadas por cuidados pessoais).

- Nicolas passa com dentista desde os três anos de idade e aos sete ainda não teve nenhuma cárie (continuaremos nos esforçando para cuidar da saúde e higiene dele mesmo ele reclamando e achando uma chatice).

Entre tantos outros exemplos.

Olhando friamente acho que sei o motivo da minha angústia "ser adulto responsável" dói, cansa. Crescer dói. 

Ouvir que eu sou chata dói também mas um dia ele entenderá (eu espero).

De repente ele começou a me dar muitos beijos, abraços e reclamar menos. Pensei "o que está acontecendo". Senti um frio na barriga pois parecia que estava se despedindo. Despedindo do que?

Tudo caraminhola da minha cabeça e para ajudar assistir um filme outro dia que me fez chorar e me impressionou muito. Pronto. Tá ai a receita certa para que a culpa e a angústia se instalasse.

(vou deixar o link do filme caso alguém queira assistir, é bem legal!!!)

Sinto falta da minha rede de amigos, amigos mais próximos para os cafés intermináveis, as conversas sem pé nem cabeça e as risadas das situações mais simples.

Acho que meu período de adaptação está terminando, passei pela fase de negação (não quero estar aqui, o que estou fazendo aqui? estava tão feliz lá, prá que voltamos? etc etc etc), entrei na fase de aceitação e aqui estou aceitando o que está vindo, só não sei até quando aguento.


O trailler do filme que mexeu comigo. A voz da Zoe (apesar da atriz ser australiana lembra muito a professora do Ni e nossa amiga Mrs MC que é irlandesa...) a saudade veio junto, lembrei do dia delicioso que passamos na Legoland e por fim a mensagem do filme em si. 

*********
Acho que esse post ficou muito sem pé nem cabeça mas precisava escrever e que venha o segundo semestre. 

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Li "A chave de casa"

Tenho uma lista com títulos de livros que quero muito ler esse ano. Alguns já consegui, outros ainda não mas continuam na lista.

E na lista estava o livro "A chave da casa". E na biblioteca tinha o livro disponível. E eu peguei emprestado. E li. E gostei. E chorei.

Foi uma leitura de supetão. Li em três dias. Me perdi, voltei umas páginas. Me achei. Forte. Triste. Instigante. Gostoso.

A resenha diz o seguinte: "Neta de judeus da Turquia e filha de comunistas do Brasil, a narradora recebe do avô a chave que abriria a porta da casa de Esmirna, para onde os avós fugiram durante a Inquisição (tal como os pais fugiram para Lisboa, anos mais tarde e por motivos diferentes).

É uma história com outras histórias no meio, meio intercalado; precisa prestar muita atenção para não se perder. É libertador em determinado momento e gostoso ver a personagem principal resgatando sonhos e lembranças.

Não achei que iria escrever sobre esse livro. Mexeu muito comigo. Mas respirei fundo e aqui estou comentando sobre ele. 

Li esse livro em fevereiro e estou tentando cumprir meu desafio (pessoal) literário de ler no mínimo doze livros de autores brasileiros em 2015. Espero conseguir.

Livro: "A chave de casa"
Autora: Tatiana Salem Levy
Editora: Record
Mais informações aqui.




terça-feira, 23 de junho de 2015

Livros entre amigos.

Era o primeiro ano dele na escola além de tudo ser novo ele achava tudo um pouco fácil.

A mãe dizia que era porque era novidade, para ter mais paciência que logo a coisa deslanchava.

Um dia a lição de casa chegou pronta e a mãe perguntou o que aconteceu:

- Acabei a lição da sala e fiz a lição de casa, não tinha nada para fazer.

A mãe correu e deu uma ideia "leve aquele caderno que temos aqui ainda tem umas folhas e você pode desenhar, escrever ou fazer o que quiser quando acabar a atividade antes dos amigos".

Ele gostou da ideia. A mãe -que não era nada boba- a noite quando foi arrumar a mochila para o dia seguinte colocou uns gibis lá,assim ele teria mais opção do que fazer.

E o que aconteceu? Alguns dias depois ele chegou em casa com um livro emprestado do Davi e foi escolher um para emprestar para o Davi. Depois disso vieram outros livros, outros empréstimos além dos livros, revistas, gibis, mais crianças entraram na roda e algo que poderia ter sido promovido pela escola aconteceu entre amigos.

Uma deliciosa roda de leitura sem a intervenção dos adultos. Crianças trocando e emprestando livros e materiais impressos de interesse deles.

****************
Essa história é real e aconteceu na sala do meu filho no ano passado (2014) quando ele começou no 1o. ano do Ensino Fundamental. Continua até hoje. Eles trocam livros, se divertem, aprendem e tem momentos felizes.

Alguns pais vieram me pedir dicas de livros para a faixa etária deles e os comentários sobre essas trocas são muito positivos.

Participo com alegria, empolgação e muito amor. Só não entendo porque a escola não promove esse tipo de atividade para todos. É preciso flexibilidade no currículo escolar para ter espaço e alimentar os interesses dos alunos senão a educação formal fica tão sem sentido.

E o que eu sempre digo para os pais: incentivem seus livros, leitura nunca é demais.

***************
Quero muito voltar a trabalhar e possibilitar esses momentos para mais crianças. Quero mesmo.


Amo esses momentos
Amo vê-lo agarrado a um livro
Amo, amo e amo mais que chocolate.

sábado, 20 de junho de 2015

Meu dia em duas imagens.


Curitiba da minha janela as 6h quando começa meu dia.


Curitiba da minha janela as 18h quando tudo começa a se acalmar por aqui.

Muita coisa acontece entre essas duas fotos mas as 18h começamos a rotina da noite: banho, janta, escovar os dentes, ler/ouvir histórias, oração e dormir. Algumas vezes eu durmo junto e não consigo levantar para continuar meu dia mas no geral eu levanto as 20h30/ 21h e vou até as 23h30.

A beleza do céu me encanta, no início ou no fim do dia e tentamos contemplá-lo sempre que possível.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

E o Brasil, como vai?

E o Brasil, como vai? 

Essa é a pergunta que eu mais escuto dos amigos que estão longe. Muitos dizem que só ouvem/leem notícias ruins. "As coisas que chegam por aqui não são nada boas".

Imagino que não sejam mesmo mas tem coisas boas acontecendo sim; o que eu acho que mais pesa nessa "decisão" de o que e como transmitir o assunto é a nossa visão.

E eu tenho a sensação que nós brasileiros - me incluindo aí também - sofremos da síndrome de "vira-lata":

*nos sentimos os piores do mundo: o que não é verdade, tem lugar muito pior do que o Brasil;
* todo e qualquer lugar, principalmente se for nos Estados Unidos ou na Europa, tudo é melhor do que no Brasil:
* aqui só acontece desgraça como em nenhum lugar do mundo acontece: nosso lado dramático é super valorizado (contém ironia);
* nada funciona, não fazemos nada de bom, não produzimos nada... só falta dizerem "somos a escória do mundo";
* tudo isso porque somos de um país de terceiro mundo: como se só nós fossemos do terceiro mundo.

Entre tantas outras coisas. 

O que mais me deixa triste é perceber que tem muita gente que "parece" que torce para nada no Brasil dá certo e consequentemente não consegue enxergar e muito menos valorizar o que o Brasil tem de bom.

Problemas tem? Muitos. Como em todo lugar do mundo.

Já disse uma vez e repito: não existe lugar perfeito, como não existe pessoas perfeitas.

Tudo depende de como enxergamos a porra do copo meio cheio ou meio vazio.

Podemos nos cegar piamente e achar tudo lindo maravilhoso ou nos cegar piamente também e achar tudo ruim horroroso ou ainda tentar ver o que tem de bom sem negar o que não funciona tão bem.

É uma questão de escolha e de querer viver bem com o que tem de bom ou viver amargurado reclamando e jogando a culpa no que não funciona.

Dois "causos" curtos:

************
Existe um SUS que funciona (publiquei isso no facebook por isso trago para cá)
Levamos o Nicolas em uma consulta com o dentista no Posto de Saúde e o atendimento foi exatamente igual ao atendimento de um consultório particular: uma dentista e uma assistente, tudo descartável, limpo e organizado.
Fomos no posto porque queríamos saber como é o serviço, porque não estou trabalhando e já tínhamos ouvido falar bem dos atendimentos dentário.
O que achávamos que era uma cárie não é então ele está com sete (7) anos e meio e nenhuma cárie ainda (obrigada alimentação saudável, obrigada pais chatos, obrigada organismo dele que colaborou); elas fizeram uma limpeza e a aplicação de flúor.
Antes de sairmos por ai só reclamando que nada é bom no Brasil, nada presta, tudo é ruim; vamos viver e tentar ser mais positivos, por favor.
(Eu já tinha ido ao posto antes tentar pedir um remédio de uso contínuo que ele toma para um problema no estômago e não consegui. A pediatra disse também que ele precisava passar com um pneumo só que vaga para consulta - como o caso não é urgente - só daqui 3 anos. Na hora fiquei triste mas lembrei que quando o Nicolas era pequeno demorou 2 anos para conseguirmos uma vaga com um dermatologista lá em Londres: onde muita gente acha que é o lugar perfeito. Desculpa galera mas não existe lugares perfeitos assim como não existe pessoas perfeitas. Tudo e todos tem seu lado bom e seu lado não tão bom).

**************
Existem escolas públicas de qualidade onde a comunidade escolar participa, cobra e colabora. Mas isso fica para outro dia.

*********************

Se tiver um tempinho ainda leia esse post de um jovem inglês que em seis meses vivendo no Brasil percebeu o que muito brasileiro não percebe ou não quer ver durante uma vida inteira.


sexta-feira, 29 de maio de 2015

29 de maio


Meu pai com 26 anos (nov. 1959). Se hoje estivesse vivo completaria 82 anos. Que saudade. {como ele era lindo quando jovem. essa foto eu encontrei na Espanha na casa do meu tio, foi a primeira foto que meu pai mandou para a família depois que chegou no Brasil}.

Confesso que hoje não estou triste, ele me fez tão feliz mas sinto saudade e muita. 

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Amizade virtual é real?

Amizade virtual existe? Tem cheiro, cor, é de comer, tem começo-meio e fim e etc, etc, etc?

A Ana Paula nos convidou para falar sobre esse tema e como faz tempo que eu não participo de uma BC (blogagem coletiva) vou tentar colocar em palavras o que eu sinto.

Falei tentar porque tem coisa que e´muito difícil fazer usando somente palavras.

Tem amigos que eu gostaria de olhar nos olhos novamente, dar um abraço, ouvir a voz, pegar na mão, comer a comida que ele prepara, ouvir as histórias sem fim e sem pé nem cabeça, rir juntos entre tantas outras coisas.

Existe amizade virtual? Acredito que sim mas ela tem uma "configuração" (ou um acordo/ contrato) diferente das amizades "reais".

Coloco reais entre aspas porque a amizade virtual também é real só que é diferente e como não encontrei outra palavra para distinguir virtual e real, fica essa mesma.

Acho que a maior diferença está na empatia que rola ou não ao conhecer alguém. E com as amizades virtuais essa possibilidade não existe.

Infelizmente nesses anos que ando pelo mundo dos blogs já vi tanta coisa estranha, por assim dizer. Já acompanhei casos de pessoas muito doentes (mental e fisicamente falando) tão doentes a ponto de forjar gravidez, doença de filho, morte de mãe, fazer vaquinha para realizar tratamentos e no final era tudo mentira entre tantas outras coisas não muito agradáveis da qual o ser humano é capaz. 

E sabe por que?

Porque por trás de uma tela podemos ser o personagem que quisermos, que bem entendermos, que desejamos e criamos. 

Posso ser uma mulher linda, fodástica em tudo que faço, a melhor esposa, uma mãe espetacular e estar sentada sozinha no sofá chorando as pitangas com um pacote de porcaritos em uma mão e um copão de coca na outra e dizer ainda que sou a mais saudável do mundo.

Posso ser um homem escrevendo com a sensibilidade de uma mulher para conquistar muitos amigos e amigas, comentários, visitas na minha página e ganhar direito sem dizer a verdade sobre quem eu sou.

Posso ser tudo e nada. 

E como na vida real posso sumir sem deixar rastros, pistas ou nem mesmo dizer tchau.

Posso ser um herói e a vitima também. 

Posso ser boazinha ou bem ruim, se assim eu quiser.

Agora na vida real amigão, você pode até tentar ser tudo isso mas um dia a máscara cai. Um dia você é deixado de lado sem nem perceber, um dia você vai pagar as consequências dos seus atos.

Eu adoro olhar as pessoas nos olhos >as amizades virtuais não permitem que esse momento tenha vida< e tem gente que não consegue olhar nos olhos, desvia o olhar. Para mim isso é um sinal de alerta. LUZ VERMELHA, FICA ATENTA.

Não posso negar que o blog permitiu que eu conhecesse muita gente legal, muita mesmo. Pessoas que se despiram  da tela e se mostraram como elas realmente são. Sou muito feliz por isso pois foram pessoas que de alguma forma sempre me ajudaram (me ajudaram a pensar sobre mim, em momentos desafiantes, momentos alegres, momentos bem turbulentos na minha vida). Sou muita grata a todas as pessoas que de alguma maneira gostam de mim pelo que eu sou aqui, pelo um "pentelhesimo" do que eu dou de mim nas minhas palavras sem nem me conhecer ao vivo e a cores.

E adoraria conhecer muita gente que eu leio. 

A vida tem me proporcionado momentos assim, poucos mas possíveis e eu só agradeço porque é delicioso encontrar a pessoa, olhar nos olhos, ver o sorriso, ouvir a voz. Eu passo a ler o blog de outra forma ouvindo a voz da pessoa a cada linha (sim sou louca pode dizer rsrs viu isso você não sabia de mim).

Sei que hoje tem várias formas de se fazer presente e dizer: oi eu existo mesmo mas nem todos querem. Eu, por exemplo, não gosto de vídeo e não sei se algum dia gravarei um mas é uma saída. Gosto muito dos encontros entre amigos, blogueiros com assuntos em comum ou não pois é uma oportunidade de você ver/ ouvir/ sentir e perceber que aquela pessoa está lá de carne e osso e ultrapassa o que você imaginou; e não estou falando de atribuições físicas não.

Para fechar que esse post está enorme de grande como diz uma amiga minha, eu sinto saudade de alguns amigos que já não estão tão perto, amigos e nem digo se reais ou virtuais somente amigos.

No fim das contas amigos são amigos.






Related Posts with Thumbnails